quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Prelúdio: 2o Simpósio Internacional Sobre Estudos Latinoamericanos, Universidade Nacional de Villa Maria, Córdoba, Argentina

Neste evento realizado na Universidade Nacional de Villa Maria foi apresentado um trabalho sobre as encantarias amazônicas. Um dos trabalhos que serviram para a sistematização do Museu Virtual Surrupira de Encantarias Amazônicas.



Encantarias da Amazônia nas religiões afro-brasileiras: um patrimônio ainda a ser desvelado pela população local
Diogo Jorge de Melo
Faculdade de Artes Visuais e Museologia da Universidade Federal do Pará


As religiões afro-brasileiras da região amazônica (Pajelança, Tambor de Mina e Umbanda), possuem singularidades e exotismos, que abrangem uma série de história e mitos de entidades denominadas de encantadas. Uma rica diversidade cultural, que acaba se distinguindo das religiões desse segmento em outras localidades. Dentre esses encantados, destacam-se reis, rainhas, princesas, caboclos, índios e seres da mitologia local, que se organizam em diversas linhas de trabalho ou famílias. Dentre os mais populares, destacamos a família da Turquia, com a Cabocla Mariana e suas irmãs Jarina e Herondina. Como manifestação cultural, os terreiros destas religiões se apresentam como excelentes agentes propagadores destas tradições, no entanto o preconceito ainda se torna uma barreira para que grande parte da população local conheça essas histórias e mitos. Fato que se faz necessário se pensar em alternativas para afirmação e valorização desse patrimônio. Por exemplo, se fala muito em determinados mitos, mais aceitos socialmente, como do boto, curupira, matintaperera, caipora, cobra grande. Mas pouco se fala sobre a família da Turquia, os surrupiras, dentre outros encantados ligados a cultura afro-brasileira da região amazônica.

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