Manisfesto Meu Terreiro Meu Museu
Terreiro, lugar de
afeto, onde finco os pés e me enraízo em um sentido de encontro com as
ancestralidades. Solo que nos fornece a
força da diáspora negra africana e nos recria como seres decoloniais. Espaço
permanente ou efêmero onde os corpos constroem os alicerces do existir e
compartilham imanências, axé, com o mundo e os seres que o habitam, como
humanes e encantades. Lugar do colo materno, da aprendizagem e da virtualização
de novos acontecimentos. Também é a trincheira da resistência e da luta, bem como
do cuidado e da saúde. Nesse sentido, por que não pensar os terreiros como
espaços museais? Aceitá-lo e entendê-lo como museal é não configurá-lo nos
modelos de museus imperialistas, mas reconhecer e potencializar esses espaços
como lugares de memória, de formação de identidades não convencionais, onde
aspectos “patrimoniais” se fazem presente, principalmente os “fratrimoniais”,
assim como a filosofia do ubuntu e do bem-viver, quando
reconhecemos e nos realizamos na coletividade.
Meu Terreiro Meu Museu de Pai Pingo de Oxumarê
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