Noites no Museu Surrupira

        Este evento se caracteriza por encontros noturnos realizados pelo Museu Virtual Surrupira de Encantarias Amazônicas, inspirados no orientalismo dos contos das “mil e uma noites” narrados por Xerazade, pois devemos lembrar que os Surrupiras são encantados amazônidas, culturalmente híbridos, e muitos mencionam que um dos chefes da sua família seria um dos membros da Família da Turquia, Japentequara. Tais encontros também se arvoram nas ideias do imaginário, principalmente cinematográfico, dos museus, presentes na franquia de filmes “Uma Noite no Museu”. A qual entende os museus com lugares de encantos e encantados, onde seus objetos ganham vida durante a noite. Neste sentido que Noites no Museu Surrupira se compõem de encontros mágicos, no sentido de mundiar ou encantar os seus participantes, trazendo diversos debates culturais, epistêmicos, mitopoéticos, principalmente amazônidas, a partir de distintos lugares de saberes, sendo eles acadêmicos ou não.  Se configurando em um espaço de produção e troca de conhecimento a contrapelo, como nos diria Walter Benjamin. Sendo este um espaço que busca se constituir a partir das questões fratrimoniais, decoloniais, antirracistas e de gênero, valorizando principalmente as culturas indígenas e afro-diaspóricas.



Em nosso primeiro encontro das Noites no Museu Surrupira, ocorrerá no dia 14 de abril de 2021 (19h), e teremos o prazer de estar com duas pesquisadoras que desenvolveram trabalhos singulares sobre o que estamos nominando de Educações de Axé. Autoras que invocando a magias dos tambores das religiões afro-diaspóricas no sentido dos seus saberes/lugares e onde e como eles estão percutindo no mundo. Temos nesse encontro a Profa e MSc. Lidiane da Costa Monteiro, que desenvolveu a dissertação “Educação de axé e o curso de teologia de Umbanda Online: onde tocam os tambores?”, realizada no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense e a Profa e MSc. Gisele Nascimento Barroso, com a dissertação “Educação e tradição de crianças e adolescentes praticantes de candomblé Ketu, os Èwe do Ofá Karê”, realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Pará. Uma dupla que tem muito a nos contar sobre os distintos espaços de saberes e aprendizados produzidos pelas religiões afro-diaspóricas.


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